Tenho há muitos anos uma paixão secreta pela cantora mineira Titane. Ela não sabe disso, claro. Titane sempre me encantou com sua voz afinadíssima e a preocupação estética com os ritmos e temas ligados à sua terra. Mesclando raízes folclóricas com novíssimos compositores, desde final dos anos 80 me impressionou pela coerência musical e originalidade das abordagens.
Com o novo disco, ANA (seu nome de batismo), Titane dá um mergulho na modernidade. Sem deixar de lado a eufonia acústica, lança mão de recursos eletrônicos e efeitos de estúdio que potencializam as possibilidades de seu timbre cristalino.
Ousou mais. Colocou na rede o CD (www.titane.com.br), disponibilizando as faixas para livre audição e cópia. Chega ao extremo interativo de colocar duas faixas com recursos que permitem ao ouvinte brincar com a edição, criando novas texturas.
A direção musical de Rafael Martini e Renato Villaça realça as requintadas paisagens imaginárias por onde sua voz passeia. Um punhado de canções de suave expressividade, distante da teatralidade habitual de seus shows, mas com toques inusitados. Titane, renovada e surpreendente, continua a me encantar.
(publicado primeiramente na Revista Música Brasileira)
FÓSFORO 
Aguardo seu texto sobre o Caymmi, senhor soteropolitano !!
Tá difícil, meu amigo! Muito trabalho, longe de casa e de meus discos do Caymmi. Muita tristeza pela despedida de um autor de tantas belezas, o último dos clássicos fundadores da MPB.
Recomendo a todos a leitura do belo artigo do Idelber Avelar, no link Biscoito Fino, ali na lista de blogs. O que de melhor li sobre Caymmi.
Também sou fã da Titane.
Abraço pra você.
Obrigado, Adelaide. Bonita a tua página!
Pois é, Daniel, acho que a desaceleração do seu blog mostra uma conjunção negativa entre a economia, a política e a cultura, em preju, espero, apenas desta última. Muitos como eu torcemos, temos certeza de que se trata de uma conjunção meramente… conjuntural.
Conheci a Titane agora pelo site dela, realmente um trabalho muito bom. Dá vontade de ver os outros.
E: uma paixão por uma cantora mineira tem de ser assim mesmo, secreta e anunciada no espaço.
Daniel, grande lembrança. Pois eu comprara o “Inseto raro” dela, de 1992, e há muito tempo não ouvia. parecia uma dessas artistas que aparecem, fazem um trabalho interessante e somem na poeira do tempo. Mas pelo visto ela está aí, e muito bem. Visitei o site e acho que entendo a sua paixão. Grande abraço.
Titane sempre surpreende, até quem já a conhece de outros carnavais.
Quanto ao Fósforo, riscá-lo-ei com mais freqüência em outubro, aguardem!
Titane é minha prima, uma artista de primeira, coerente, sensivel e sempre ativa. É bom ouvir elogios ao trabalho desta batalhadora incansável da arte brasileira e humanitária. O disco é demais mesmo.
Parabéns pelo texto!
Grande prima, Juca. Tenho o primeiro disco dela, com aquela capa desdobrável, linda!