Ando entusiasmado com a vitalidade do movimento musical paulistano, principalmente em relação ao choro. A diversidade de estilos, a geração de novos instrumentistas e a riqueza das composições inéditas é impressionante. Na semana passada, o show de lançamento do Panorama do Choro Paulistano Contemporâneo foi um sucesso total.
Novos grupos, novos sons. Um jovem músico que vi amadurecer tocando em rodas de choro no saudoso Jajabar, no Butantã, me convidou outro dia pra assistir seu show de estréia. Marcel Martins toca cavaquinho, sabe tudo de samba e choro, e também compõe. Fui esperando uma coisa, e ouvi outra!
À frente de um grupo afiadíssimo*, Marcel puxou o cavaquinho de 5 cordas e debulhou temas de Tom Jobim, Guinga, Radamés, Gismonti, Pixinguinha, Hermeto, Jacob e outros feras, mostrando que a boa música não tem limites. E que músico que cresce tocando choro, toca tudo: é o jazz brasileiro, com direito a todos os improvisos. Olho nele!
*Pimpa Moreira (bateria) Renato Vidal (percussão) Gabriel Deodato (violão 7 cordas) e Jopa(trombone).