Mais de uma semana sem escrever aqui no Fósforo. Muito trabalho, claro, mas também um pouco de desorganização e bastante cansaço. Chego em casa tarde e sem vontade de escrever qualquer abobrinha apenas pra cumprir tabela…
Tenho acompanhado intensamente a campanha eleitoral e as baixezas da velha imprensa. Se há duas coisas que fazem muita falta no Brasil atualmente é uma boa oposição e uma imprensa menos partidária. Uma oposição dura, mas leal, faria o governo errar menos e trabalhar mais. Uma imprensa menos tendenciosa e alinhada diminuiria a crise de valores e de representação que degrada os jornalões e revistas semanais (com a honrosa exceção da Carta Capital). Felizmente temos a internet…
Mas não só de trabalho vive este fosfórico franco-atirador. Domingo passado participei de um belo piquenique com o pessoal do Piperca.
Sexta fui à festa do Coletivo Digital, sábado provei os tapas e a paella do Torero Valese, hoje passei pelo Revelando São Paulo, lá no Parque do Trote da Vila Guilherme. Belezas e delícias do interior e litoral de São Paulo, este estado tão multifacetado e multiétnico. Quando vejo aquele povo bonito cantando, dançando, tocando, criando e se expressando de tantas formas, me pergunto como pode o estado de SP ter uma elite tão metida a besta!
Ou seja, assunto não faltou. Faltou tempo. Pra não passar a semana em branco, volto a falar de música. Ou melhor, da relação do artista com o público, do desrespeito cada vez mais comum das pessoas em relação ao artista (seja num show, num filme, numa peça de teatro). Quem dá a bronca é Hermeto Pascoal, genioso e genial.